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Título: Levantamento soroepidemiológico para febre do Rift Valley em bovinos de centros de coleta e processamento de sêmen
Autor(es): Gomes, Alexandre Lopes
Orientador: Okuda, Liria Hiromi
Data do documento: 13-Set-2023
Resumo: A Febre do Vale Rift (RVF) é uma arbovirose zoonótica amplamente difundida na região da África Subsaariana com relatos no Oriente Médio, não notificada no Brasil. O vírus da Febre do Vale Rift (RVFV) RNA vírus que acomete principalmente ruminantes domésticos e selvagens. A principal forma de transmissão é através de vetores, que encontram no Brasil condições climáticas e ambientais ótimas para sua manutenção. O intuito do presente trabalho foi realizar um levantamento sorológico para RVFV em bovinos de Centros de Coleta e Processamento de Sêmen (CCPS), contribuindo com a vigilância de novos patógenos que possam comprometer a cadeia produtiva de bovinos. Para tanto, no período de janeiro de 2019 a maio de 2021, foram avaliadas 800 amostras de soro ou plasma de touros e fêmeas, de diferentes raças, diversas faixas etárias, importados ou residentes de diferentes municípios e regiões do país. Na pesquisa de anticorpos anti-RVFV utilizou-se dois kits comerciais ELISA, capazes de identificar animais em fase aguda (ID Screen® Rift Valley Fever IgM Capture_ID-Vet) e crônica (ID Screen® Rift Valley Fever Competition Multi-species_ID-Vet) de infecção, respectivamente, por meio de detecção de anticorpos IgM e IgG. Da população estudada seis (0,75%) apresentaram resposta ao teste “RVF Competition Multi-species”, sendo que quatro (0,5%) foram reagentes e dois (0,25%) tiveram resultado suspeito/duvidoso. Todas as análises foram repetidas em triplicata, confirmando os resultados. No teste de “RVF IgM Capture”, as amostras foram não reagentes, demonstrando que os animais não estavam em fase aguda de infecção. Como a doença é considerada exótica no Brasil a vacinação não é praticada, descartando a possiblidade de anticorpos vacinais. Dentre os animais suspeitos e reagentes, foram observados animais das raças Nelore, Aberdeen Angus, Gir e Braford, residentes ou associados a quatro CCPS. Não foi identificado relação estatística entre a soropositividade e os fatores, idade, origem, sexo e central. Por outro lado, reatividade sorológica cruzada com outros membros da família Phenuiviridae, gênero Phlebovirus não foi descartada. Portanto, estudos devem ser continuados para avaliar se há presença do vírus circulante em território nacional.
Descrição: O Brasil é um país com dimensões continentais que apresenta uma diversidade de ecossistemas, variações socioeconômicas e biodiversidade única, o que evidencia sua riqueza em recursos naturais e cultura, refletindo em desafios contínuos. Tal dimensão e diversidade, junto a outros fatores que impactam igualmente na saúde única como saneamento básico e distribuição de renda, são fatores que direta e indiretamente estão relacionados a entrada de patógenos e a multiplicação de vetores em território nacional.
Palavras-chave: RVFV
Vigilância Epidemiológica
Reprodutores
Prevalência
ELISA
Citação: GOMES, Alexandre Lopes. Levantamento soroepidemiológico para febre do Rift Valley em bovinos de centros de coleta e processamento de sêmen. Dissertação (Mestrado em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio) – Programa de Pós-Graduação, Instituto Biológico, São Paulo, 2022.
Número DOI: 10.31368/PGSSAAA.2022D.AG005
Idioma: pt_BR
Editora: Instituto Biológico
Local da Publicação: São Paulo
Linha de Pesquisa: Gestão Sanitária e Ambiental na produção animal
Agência de Fomento: CAPES
URI: http://repositoriobiologico.com.br//jspui/handle/123456789/1184
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