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Título: Investigação molecular de Wolbachia em Amblyomma sculptum (acari: Ixodidae) de áreas endêmicas para febre maculosa brasileira
Autor(es): Romano, Deborah Mirela de Melo
Data do documento: Jan-2025
Resumo: Os carrapatos são ectoparasitos hematófagos, entre eles, a espécie Amblyomma sculptum se destaca como vetor de patógenos para animais e seres humanos no Brasil, principalmente pela transmissão da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa brasileira. O controle de A. sculptum é complexo, incentivando estudos sobre o uso de bioinsumos para manejo. A bactéria endossimbionte Wolbachia pode manipular a reprodução de artrópodes e bloquear patógenos, sendo utilizada para o controle biológico de pragas, vetores e de doenças. Embora seja abundante entre os invertebrados, a associação de Wolbachia com carrapatos ainda é pouco explorada. Este estudo teve como objetivo detectar e identificar a Wolbachia em populações de A. sculptum de Campinas e Jundiaí, São Paulo. Carrapatos adultos foram coletados, identificados morfologicamente como A. sculptum e analisados em dois ensaios separados. Nos dois testes as amostras de carrapatos foram higienizadas e submetidas à extração de DNA com o reagente DNAzol, amplificação por PCR, eletroforese em gel de agarose e sequenciamento. Durante o primeiro ensaio, as amostras de carrapato extraídas foram amplificadas por PCR para detectar o gene 16S rRNA (mtDNA) de Amblyomma spp., 16S rRNA de Wolbachia e COX I (mtDNA) da vespa parasitóide Ixodiphagus hookeri. Enquanto no segundo ensaio, além dessas reações, as amostras também foram submetidas à amplificação dos genes 12S rRNA (mtDNA) de Onchocercidae, 16S rRNA das bactérias Coxiella spp., Francisella spp. e ompB de Rickettsia spp. Sequências parciais de diferentes marcadores foram identificadas utilizando BLASTn e as sequências do gene 16S rRNA de Wolbachia obtidas no Ensaio 1 foram submetidas a análises filogenéticas. Análises estatísticas foram conduzidas com os dados observados e o custo do método utilizado para extração de DNA foi calculado. Durante o Ensaio 1, 187 amostras de A. sculptum foram analisadas e 15 (8%) foram positivas para Wolbachia, a partir disso, a árvore filogenética das sequências do gene 16S rRNA de Wolbachia, sugere que as bactérias identificadas estão relacionadas a grupos filogenéticos associados aos fenótipos de parasitismo reprodutivo e mutualismo da Wolbachia. Em relação ao Ensaio 2, apenas seis amostras (3%) foram positivas para Wolbachia, 146 (68%) para Coxiella spp., 24 (11%) para Francisella spp. e 208 (96%) para Onchocercidae, de um total de 216 amostras de A. sculptum testadas. Nenhuma amostra foi positiva para Rickettsia spp. e as amostras Wolbachia-positivas não foram positivas para I. hookeri. Não houve diferença estatística significativa em relação à sazonalidade, local ou sexo das amostras, nem em relação à coinfecção com outras bactérias. A partir deste trabalho, é possível concluir que as populações de A. sculptum de Campinas e Jundiaí não são hospedeiras comuns de Wolbachia. Esses resultados são importantes para o desenvolvimento de estratégias de manejo de carrapatos, destacando a relevância da pesquisa sobre o uso da Wolbachia como agente de controle biológico.
Descrição: Os carrapatos são ectoparasitos hematófagos, entre eles, a espécie Amblyomma sculptum se destaca como vetor de patógenos para animais e seres humanos no Brasil, principalmente pela transmissão da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa brasileira. O controle de A. sculptum é complexo, incentivando estudos sobre o uso de bioinsumos para manejo. A bactéria endossimbionte Wolbachia pode manipular a reprodução de artrópodes e bloquear patógenos, sendo utilizada para o controle biológico de pragas, vetores e de doenças. Embora seja abundante entre os invertebrados, a associação de Wolbachia com carrapatos ainda é pouco explorada. Este estudo teve como objetivo detectar e identificar a Wolbachia em populações de A. sculptum de Campinas e Jundiaí, São Paulo. Carrapatos adultos foram coletados, identificados morfologicamente como A. sculptum e analisados em dois ensaios separados. Nos dois testes as amostras de carrapatos foram higienizadas e submetidas à extração de DNA com o reagente DNAzol, amplificação por PCR, eletroforese em gel de agarose e sequenciamento. Durante o primeiro ensaio, as amostras de carrapato extraídas foram amplificadas por PCR para detectar o gene 16S rRNA (mtDNA) de Amblyomma spp., 16S rRNA de Wolbachia e COX I (mtDNA) da vespa parasitóide Ixodiphagus hookeri. Enquanto no segundo ensaio, além dessas reações, as amostras também foram submetidas à amplificação dos genes 12S rRNA (mtDNA) de Onchocercidae, 16S rRNA das bactérias Coxiella spp., Francisella spp. e ompB de Rickettsia spp.
Palavras-chave: Endossimbiontes
Vetor
Carrapato-estrela
Febre maculosa brasileira
Microbioma
Citação: ROMANO, Deborah Mirela de Melo. Investigação molecular de Wolbachia em Amblyomma sculptum (acari: Ixodidae) de áreas endêmicas para febre maculosa brasileira. Dissertação (Mestrado em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio) – Programa de Pós-Graduação, Instituto Biológico, São Paulo, 2024.
Número DOI: 10.31368/PGSSAAA.2024D.DR08
Idioma: pt_BR
Editora: Instituto Biológico
Local da Publicação: São Paulo
Linha de Pesquisa: Manejo integrado de pragas e doenças em ambientes rurais e urbanos
URI: http://repositoriobiologico.com.br//jspui/handle/123456789/1243
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