Implementação de técnicas moleculares e microscopia eletrônica de transmissão para pesquisa de Mycoplasma hyopneumoniae em suínos

Abstract

A Pneumonia Enzoótica Suína (PES) ou Pneumonia Micoplásmica Suína, causada pela bactéria fastidiosa Mycoplasma hyopneumoniae, é uma das principais doenças respiratórias dos suínos. M. hyopneumoniae destrói o principal mecanismo de defesa inespecífico do trato respiratório, o elevador mucociliar, pré-dispondo os suínos a patógenos secundários. Este estudo teve como objetivo desenvolver técnicas de imunoistoquímica, hibridização in situ, contrastação negativa e imunomarcação com ouro coloidal (MET) para detectar a presença do M. hyopneumoniae em amostras teciduais, contribuindo para posteriores exames de rotina dessa patogenia nos suínos no Estado de São Paulo. Utilizou-se 55 amostras de pulmões provenientes de um abatedouro e um matadouro. No estudo da histopatologia de rotina (H&E) dos pulmões observou-se a maior incidência de exsudato muco celular em 72,73% dos casos e a menor incidência espessamento da pleura com 12,73%. Em 7,27% os pulmões não apresentaram alterações histopatológicas. Identificou-se a presença do Mycoplasma em 22 amostras pela técnica da contrastação negativa (Microscopia eletrônica) e nessas 22 obteve-se a marcação do mesmo pela imunomarcação com ouro coloidal, através da utilização de anticorpo monoclonal. Na técnica de Imunoistoquímica, podemos observar a marcação antígeno-anticorpo em 41 animais, e pela Hibridização in situ 26 animais foram positivos na marcação do genoma confirmando a presença do M. hyopneumoniae no Estado de São Paulo. Como a profilaxia é idêntica entre os micoplasmas é a ocorrência da PES pode ou não ser observada, a técnica mais eficaz seria a da Microscopia Eletrônica de Transmissão. No entanto, como a quantidade empregada é muito diminuta, a melhor opção seria a combinação da contrastação negativa com a imunomarcação com ouro coloidal, para visualização e identificação do agente.