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Título: A experiência brasileira na erradicação da febre aftosa e o emprego do sistema I- ELISA 3ABC/EITB para certificação sanitária de bovinos e bubalinos
Autor(es): Marques, Guilherme Henrique Figueiredo
Orientador: Pituco, Edviges Maristela
Data do documento: 2013
Resumo: Considerando a situação epidemiológica de alguns países da América do Sul, as campanhas de vacinação contra febre aftosa continuam sendo a mais eficaz ferramenta para erradicação e prevenção da doença, embora seu uso possa comprometer as interpretações dos estudos soro epidemiológicos desenvolvidos a campo, devido ao grau de pureza das vacinas poderem induzir reatividade aos testes para detecção de anticorpos contra proteínas não capsidais. Confrontar o paralelo entre infecção e vacinação, necessita de uma avaliação precisa dos bovinos susceptíveis envolvidos, além da necessidade de fazer testes adicionais para aclarar a situação, o que acaba gerando um custo elevado aos cofres públicos, ainda podendo suscitar dúvidas a respeito da situação sanitária da zona ou país reconhecido livre de febre aftosa. Estas limitações tornaram essencial a busca de vacinas não indutoras de anticorpos contra proteínas não capsidais, e por essa razão o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou a Instrução Normativa nº 50, em 23 de setembro de 2008, que aprovou o regulamento técnico para a produção, controle da qualidade, comercialização e emprego de vacinas contra a febre aftosa, onde se incluiu pela primeira vez a pesquisa da indução de anticorpos contra proteína não capsidal. Esse trabalho avaliou a indução de anticorpos contra proteínas não capsidais em soros de bovinos e bubalinos, sistematicamente vacinados, enviados ao Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico do Estado de São Paulo, no período de 2002 a 2012 e descreveu as etapas da luta contra febre aftosa nas Américas, em especial no Brasil, para situar o leitor dos desafios superados até o momento, bem como os que enfrentaremos. Os resultados observados mostram que a proporção de bovinos reagentes às proteínas não capsidais aumentou com a idade do animal e consequentemente com o número de vacinações aplicadas, indicando que a sororreatividade é diretamente proporcional ao número de vacinações, portanto houve interferência da vacinação na resposta às proteínas não capsidais. Contudo houve diminuição da reatividade no decorrer do período estudado, havendo uma redução em 2010 de quase a metade em relação a 2007, e muito inferior que o período compreendido entre 2002 a 2006. Isso demonstra os esforços dos laboratórios para purificar as vacinas contra febre aftosa e sugerem a efetividade do cumprimento da Instrução Normativa N° 50, no que diz respeito à redução da interferência vacinal em testes diagnósticos para a febre aftosa no Brasil, embora ainda, não seja possível afastar a sororreatividade em bovinos com múltiplas vacinações. O sistema I-ELISA 3ABC/EITB demonstrou ser um ótimo sistema diagnóstico para impedir a movimentação de possíveis portadores de vírus de febre aftosa oriundos de rebanhos vacinados, desde que seja considerado todo o contexto sanitário e epidemiológico, e não exclusivamente o resultado laboratorial.
Palavras-chave: Febre Aftosa
PNEFA
Proteínas não Estruturais
Trânsito de Bovídeos
Imunodiagnóstico
Citação: MARQUES, Guilherme Henrique Figueiredo. A experiência brasileira na erradicação da febre aftosa e o emprego do sistema I-ELISA 3ABC/EITB para certificação sanitária de bovinos e bubalinos. 2013. Dissertação (Mestrado em Sanidade Animal, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio) – Programa de Pós-Graduação, Instituto Biológico, São Paulo, 2013.
Idioma: pt_BR
Linha de Pesquisa: Gestão Sanitária e Ambiental na produção animal
Agência de Fomento: CAPES
URI: http://repositoriobiologico.com.br//jspui/handle/123456789/290
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