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Título: Gestão sanitária do abortamento bovino: vírus da leucemia bovina como agente causal
Autor(es): Montanari, Kelly Cristina Santos
Orientador: Fava, Claúdia Del
Data do documento: 2013
Resumo: O vírus da Leucemia Bovina (VLB) está disseminado nos rebanhos brasileiros podendo causar sororeatividade, linfocitose persistente e raramente linfossarcoma em bovinos. Apesar de comprovada transmissão transplacentária do VLB, não existem trabalhos pesquisando o agente como causa de abortamento. O presente estudo avaliou a ocorrência do VLB em fetos bovinos abortados e identificação dos genótipos virais, a fim de contribuir com o diagnóstico diferencial causal. Foram analisados 80 fetos bovinos provenientes de diversas regiões brasileiras, encaminhados ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal do Instituto Biológico no período de dezembro/2007 a outubro/2012, para diagnóstico diferencial de causas de abortamento. Amostras em tecidos parafinados de timo, baço, linfonodos, pulmão, coração, fígado, rim, adrenal, medula espinhal, cérebro e placenta foram submetidas à análise histológica utilizando coloração Hematoxilina-Eosina (HE); os líquidos torácico e abdominal foram submetidos ao teste de ELISA para detecção de anticorpos anti-VLB; frações congeladas de timo, baço, linfonodo, placenta e líquidos tóraco-abdominal foram submetidas à nested-PCR para o VLB usando primers oriundos do gene env (gp51). Nenhum feto foi positivo para o teste de ELISA e 16,25% (13/80) foram positivos à nested-PCR. Foi possível fazer o sequenciamento em oito amostras e a análise filogenética revelou os genótipos 1, 5 e 6 do VLB, frequentes em rebanhos bovinos no Brasil, Argentina e Uruguai. Apesar de a amostragem ter sido de conveniência, o VLB foi identificado com maior frequência em fetos abortados nos Estados de São Paulo – 53,85% (7/13) e Minas Gerais – 30,77% (4/13), principalmente no último trimestre da gestação. O timo e o baço foram os órgãos em que mais se detectou o VLB. Em todos os fetos positivos e negativos na nested-PCR foram observadas alterações histopatológicas de infiltrado inflamatório mononuclear, indicando um possível abortamento infeccioso. Entre os 13 fetos positivos para o VLB foi observado o mesmo índice de co-infecção 7,69% (1) para Arcanobacterium pyogenes, Klebsiella e Streptococcus spp., isolados em cultura pura. Nos 67 fetos negativos ao VLB e que apresentaram lesões inflamatórias em pelo menos um órgão na histopatologia foram detectados Arcanobacterium pyogenes - 1,49% (1), Brucella abortus - 1,49% (1), Neospora caninum 5,97% (4), BVDV - 4,48% (3), Escherichia coli - 2,98% (2), Staphylococcus aureus - 1,49% (1) e zero para Leptospira spp. e BoHV-1. Pode-se concluir que a transmissão transplacentária do VLB ocorre em um nível considerável nos rebanhos brasileiros, porém mais estudos são necessários a fim de verificar a importância do VLB com agente causal de abortamento bovino, associado ou não a outros patógenos.
Palavras-chave: VLB
Fetos bovinos
Histopatologia
Nested-PCR
Sequenciamento
Filogenia.
Citação: MONTANARI, Kelly Cristina Santos. Gestão sanitária do abortamento bovino: vírus da leucemia bovina como agente causal. 2013. Dissertação (Mestrado em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio) – Programa de Pós-Graduação, Instituto Biológico, São Paulo, 2013.
Idioma: pt_BR
Linha de Pesquisa: Gestão sanitária e ambiental na produção animal
Agência de Fomento: CAPES
URI: http://repositoriobiologico.com.br//jspui/handle/123456789/292
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