Avaliação do emprego dos tratamentos Hidrotérmico e Radiação Gama no controle quarentenário de Anastrepha grandis (Diptera: Tephritidae) em frutos de abóbora (Cucurbita moschata: Cucurbitaceae)

Abstract

Aproximadamente 26 espécies de cucurbitáceas são cultivadas no mundo, incluindo o melão e a abóbora. As moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) são as principais pragas da fruticultura mundial, considerando-se os danos diretos e indiretos. Conhecida como Mosca-das-cucurbitáceas-Sul-Americana (MCSA), Anastrepha grandis se destaca por atacar frutos de Cucurbitaceae. O objetivo do trabalho foi avaliar métodos de tratamentos quarentenários de pós-colheita que viabilizem a segurança na exportação de cucurbitáceas oriundas de áreas infestadas por A. grandis. Foram testados os tratamentos quarentenários com radiação gama (60Co) e hidrotérmico sobre ovos e larvas de A. grandis "in vitro" e em abóboras Atlas. Foram necessários 48 ºC por 20 minutos de imersão de abóboras infestadas, para impedir a emergência da MCSA oriundas de ovos, enquanto para larvas de terceiro instar foram necessários 47 ºC por 60 minutos para produzir o mesmo efeito. Os valores estimados de Probit 9 foram de 49,49 ºC e 49,34 ºC por 60 minutos para abóboras infestadas com ovos e larvas de terceiro instar, respectivamente. Os tratamentos a partir de 200 e 250 Gy de radiação gama impediram a emergência de adultos da MCSA para ovos e larvas tratados em abóboras, respectivamente. Os valores estimados de Probit 9 foram de 257,13 Gy e 270,25 Gy, para abóboras infestadas com ovos e larvas de terceiro instar, respectivamente. Ambos os tratamentos se mostraram viáveis para o controle quarentenário de A. grandis, pois de modo geral, verificou-se que as doses testadas não afetaram significativamente as propriedades físicas e químicas dos frutos.