Avaliação da agressividade de linhagens de Streptomyces spp. em cultivares de batata e quantificação da taxtomina A produzida por diferentes espécies do gênero

Abstract

A batata é uma cultura de grande importância econômica em muitos países e sua produtividade vem aumentando gradativamente, porém a produção ainda é considerada baixa devido a doenças como a sarna da batata, causada por diferentes espécies do gênero Streptomyces. O mecanismo de patogenicidade da maioria das espécies deste gênero envolve diferentes fatores, tais como as proteínas Nec1 e tomatinase, que auxiliam na evasão da defesa do hospedeiro, e a fitotoxina taxtomina A, responsável pelo desenvolvimento das lesões. O objetivo deste estudo foi avaliar a agressividade de 30 linhagens de Streptomyces em cultivares de batata Ágata, Asterix, Atlantic, Challenger e Markies por meio de testes de patogenicidade em fatias de minitubérculos. Além disso, o trabalho também teve como objetivo extrair e quantificar a fitotoxina taxtomina A produzida por essas linhagens e verificar se existe correlação entre a produção da fitotoxina e agressividade do patógeno. A taxtomina extraída foi purificada por meio de cromatografia de camada delgada (TLC – Thin Layer Chromatography) e quantificada por leitura de absorbância em espectrofotômetro. Nos testes de patogenicidade, as linhagens se mostraram mais agressivas nas cultivares Challenger e Atlantic, e menos agressivas em Ágata e Markies. Entretanto, foi possível observar variações no grau agressividade dependendo da linhagem e da cultivar testadas. Nos experimentos de quantificação de taxtomina A, os maiores valores foram observados pelas espécies S. europaeisabiei (IBSBF 2498) e S. scabiei (IBSBF 2242, 2250 e 2359). Não foi possível correlacionar a quantidade de taxtomina A produzida com a agressividade do patógeno, uma vez que algumas linhagens com baixa produção da fitotoxina se mostraram muito agressivas e outras com alta produção se mostraram pouco agressivas.